Observatório Social realiza segundo estudo de compras públicas
Levantamento reúne mais de 800 processos para apurar o valor das licitações da prefeitura e de outros órgãos municipais que ficou em Foz do Iguaçu.
Equipe do Observatório Social trabalha no levantamento. Foto: Divulgação
Levantamento reúne mais de 800 processos para apurar o valor das licitações da prefeitura e de outros órgãos municipais que ficou em Foz do Iguaçu.
O Observatório Social do Brasil – Foz do Iguaçu (OSB – FI) e a NK Consultoria Financeira realizam o segundo levantamento para apurar o resultado das compras públicas iguaçuenses. O estudo apresenta valores e produtos de cada uma das licitações durante o ano de 2021, empresas, cidades e estados de origem dos vencedores dos certames.
Na primeira edição do diagnóstico, com dados de 2020, foi demonstrado que somente 20% dos recursos de licitações da prefeitura e de outros órgãos municipais ficaram na cidade. O levantamento mobilizou agentes públicos e serviu de base para mudança na legislação, neste ano, a fim de priorizar pequenos e médios empreendedores de Foz do Iguaçu.
O estudo utiliza o sistema Inteligência de Dados Aplicados em Indicadores de Licitações (IDAIL). Trata-se de iniciativa pioneira no município pela quantidade de informações coletadas, as quais podem ser analisadas a partir de diversos recortes, e por usar a tecnologia Business Intelligence (BI), uma ferramenta empresarial de precisão.
Nesta edição, o estudo das licitações terá três inovações, explica o coordenador do OSB – FI, Thyago Klipe. “As empresas vencedoras serão identificadas pelo CNPJ, para não ocorrer duplicação, e serão inseridos processos de dispensa e inexigibilidade, não elencados em 2020”, antecipa o controlador social.
Outra novidade, revela, será a verificação da quantidade de empresas de Foz do Iguaçu que participaram de cada licitação. “Assim, poderemos analisar quantos empreendedores participaram e quantos venceram esses respectivos certames. São informações valiosas para seguirmos demandando políticas públicas a favor da economia local”, frisa Thyago.
Mais de 800 processos
Está prevista a inclusão de pelo menos 800 processos licitatórios no sistema. O trabalho é diário e exige a verificação individual para alimentar o IDAIL. À frente das atividades estão técnicos e voluntários do Observatório Social, e colaboradores da empresa NK Consultoria, que atua com parceira, sem cobrar qualquer custo.
O estudo abrange as licitações e as chamadas contratações diretas, as dispensas. Ao término do levantamento, será possível comparar os resultados das licitações em 2020 e 2021, estabelecendo uma proporção de um ano para o outro. “O trabalho é maior, já que no ano passado o volume de recursos destinados às contratações superou o 2020”, conclui Thyago Klipe.
Replicabilidade
O trabalho inovador do Observatório Social do Brasil – Foz do Iguaçu despertou o interesse de outras organizações da sociedade civil organizada voltadas ao controle das contas públicas. A ferramenta está sendo compartilhada com observatórios sociais de várias cidades, para a obtenção de dados para embasar ações de estímulo ao empreendedor local.
(AI Observatório Social do Brasil – Foz do Iguaçu)