Estudantes podem participar de atividades e desenvolver projetos de controle social. Foto: Divulgação

A universidade tem um papel relevante na produção de conhecimento e fortalecimento do controle social. Esse foi o convite levado pelo Observatório Social do Brasil – Foz do Iguaçu (OSB – FI) à comunidade acadêmica da Unioeste/Foz, durante exposição do relatório quadrimestral, no campus da instituição, nessa segunda-feira, 5.

Voluntários e técnicos detalharam as atividades de janeiro a abril deste ano, a trajetória e a forma de atuação. Instituído em 2009, o OSB – FI mantém ações nos eixos de gestão pública, transparência, educação fiscal e ambiente de negócios, sendo uma organização da sociedade civil custeada exclusivamente por mantenedores privados e promoções.

O presidente do Observatório Social, Jaime Nascimento, explicitou que o papel de monitorar a aplicação dos recursos públicos é de todo cidadão, assegurado na Constituição Federal. “Queremos envolver cada vez mais a universidade, professores e estudantes, porque o nosso principal objetivo é ser um ente mobilizador da sociedade”, convidou.

Nesse mesmo sentido, o coordenador da área de extensão do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), professor Tércio Vieira de Araújo, reforçou as diversas alternativas para que estudantes participem e  desenvolvam projetos com a entidade. Ele explanou sobre o termo de cooperação firmado entre a Unioeste/Foz e o Observatório Social.

“Com essa parceria, queremos que nossos alunos sejam agentes ativos”, sublinhou. “Os acadêmicos podem desenvolver pesquisas, trabalhos de conclusão, estágio e horas complementares, ou uma ação específica para fortalecer determinada iniciativa de controle social. Nós, professores, estamos à disposição para mediar e apoiar”, expôs Tércio.

Docente do curso de Administração, Cecília Oderich destacou a contribuição que o ambiente universitário tem a oferecer. “A educação corporativa tem um viés forte na conscientização e na formação de cidadãos ativos, podendo fazer uma transformação. A universidade pode ajudar muito nesse processo”, declarou.

Voluntariado pela boa gestão

A conselheira fiscal Leonor Venson e a coordenadora Rafaela Buono fizeram a apresentação do relatório quadrimestral e das ações do OSB – FI. Esse trabalho voluntário está somando 14 anos destinados ao acompanhamento da aplicação do dinheiro público em nível municipal, enfatizaram.

Com exemplos, expuseram como a intervenção da entidade atingiu R$ 1,4 milhão em economia ao erário nos quatro primeiros meses do ano. Os indicadores de gestão de políticas públicas, economia e atividades legislativas foram demonstrados juntamente com o mapa interativo Foco na Obra, em que o cidadão pode fiscalizar 65 construções públicas.

“Contamos com a participação da comunidade acadêmica para nos ajudar a fazer esse trabalho de acompanhar como é gasto o dinheiro que é de todos, cobrar eficiência e serviços melhores”, pontuou Leonor. “O envolvimento popular e da academia traz grandes resultados lá na ponta, para a população que necessita de boa gestão”, disse.  

Leonor Venson e Rafaela Buono durante a apresentação na Unioeste-Foz. Foto: Divulgação.

O Observatório Social possui diferentes demandas, enfatizou Rafaela. “Precisamos de apoio desde a confecção de planilhas, que resultarão em indicadores, até o trabalho mais sistemático de análise das licitações de compras. Estudantes de todas as áreas do conhecimento são bem-vindos a nos ajudar”, concluiu.

(AI Observatório Social em Foz do Iguaçu)