Observatório abre grupos de trabalho para a comunidade participar do controle social
Morador pode contribuir em áreas essenciais, como educação e meio ambiente, sem a necessidade de formação ou experiência específicas.
620 Monitoramento das licitações municipais assegurou o gasto adequado de R$ 1,4 milhão em 2023. Foto Divulgação
Resultado do planejamento colaborativo, o Observatório Social em Foz do Iguaçu ampliou os grupos de trabalho para a comunidade participar. O objetivo é envolver diretamente o cidadão nos trabalhos de monitoramento dos gastos, da gestão e das políticas públicas municipais.
Os espaços de atuação foram definidos nesta semana, durante reunião pública para planejar as ações da entidade. O morador não precisa ter experiência ou formação específicas para integrar os grupos de trabalho, e todo o suporte técnico e estrutural é oferecido pelo Observatório.
O Grupo de Trabalho (GT) de Educação é destinado a professores, agentes educacionais, funcionários, pais e mães de alunos da rede municipal de ensino. Também podem participar estudantes de magistério e formação docente, assim como universitários de licenciaturas.
O GT de Meio Ambiente foi reestruturado, diversificando as temáticas prioritárias e abrindo para a participação de todo cidadão interessado. O trabalho inclui acompanhar a execução de políticas ambientais e as ações de sustentabilidade, bem como as proposições na área.
Para participar dos grupos de trabalho, basta entrar em contato pelo WhatsApp: (45) 98823-5350.
Presidente do Observatório Social, Jaime Nascimento reforça o convite. “É um chamamento que estamos fazendo para o morador de Foz do Iguaçu, que pode doar apenas uma parte do seu tempo e fazer uma grande diferença para a nossa cidade”, sublinha.
“Não tem mistério, qualquer pessoa pode somar-se a nós, com todo o apoio que precisa e uma metodologia simples e eficaz”, expõe. “Temos um case que é o GT de Obras, com um trabalho relevante na cidade. E também estamos constituindo o de saúde, outra área essencial”, enumera Jaime.
Responsável pelo planejamento das ações do Observatório Social em Foz do Iguaçu, o voluntário Haralan Mucelini detalhou a forma de atuação dos GTs. Ele explicou que, ao dividir por temas e reunir pessoas com afinidade nessas áreas, fica muito fácil exercer o monitoramento da aplicação dos recursos e dos resultados das políticas governamentais.
“Com os grupos e mais pessoas envolvidas, dividindo tarefas, o trabalho fica muito mais simples”, destacou. “E trata-se de uma contribuição cidadã de maior importância, pois tem a ver com resultados do uso dos recursos públicos e para mensurar se o que o morador paga recebe de volta na forma de serviços na saúde, educação”, exemplificou Haralan.
Relatório e transparência
Durante o encontro com a comunidade, o Observatório apresentou o relatório do último quadrimestre, que consolida os dados de 2023. No ano passado, a intervenção dos controladores sociais assegurou a adequada aplicação de R$ 1,4 milhão pelos órgãos municipais, graças a pedidos da entidade de ajustes e impugnações de licitações.
“Apresentar o relatório periódico publicamente é uma prática e um compromisso que temos com a transparência”, asseverou a coordenadora do Observatório Social em Foz do Iguaçu, Rafaela Buono. Ela pormenorizou as principais interposições junto ao poder público pelo bom uso do dinheiro público.
O relatório abrange, ainda, atividades de educação fiscal, debates e palestras em parceria com universidades públicas e privadas. Registra as ferramentas desenvolvidas para o uso da população no controle social e reúne a atuação legislativa dos vereadores de Foz do Iguaçu, com número de projetos, indicações, moções e frequência.
(AI Observatório Social em Foz do Iguaçu)