Uma comitiva austríaca, acompanhada de empresários do Brasil, estuda implantar uma usina de processamento de resíduos orgânicos para a produção de energia elétrica e biogás em Foz do Iguaçu (PR). O anúncio foi realizado na quinta-feira (13), durante uma reunião com lideranças do município, no Hotel Bourbon.

Um projeto piloto da usina desenvolvido pelo grupo já está em curso em Curitiba. Atualmente a proposta está em fase de aprovação do licenciamento ambiental. A expectativa é que obra inicie em junho de 2013. Ao todo, o grupo pretende instalar 15 unidades no estado, totalizando R$ 750 milhões em investimentos.

Para Sergio Vidoto, diretor comercial e Giuseppe Nappa, diretor superintendente da Cattalini Bio Energia, empresa brasileira integrante da comitiva, o objetivo do grupo é buscar a viabilidade do projeto com a cidade. “Queremos dialogar com Foz do Iguaçu, valorizar o trabalho dos agentes ambientais, oferecer mais emprego e colaborar na preservação ambiental”.

A usina prevê o processamento de 150 toneladas de resíduos por dia no primeiro ano; já no segundo, a capacidade dobra para 300 toneladas. A intenção é de comercializar o subproduto com empresas do setor, como Compagas (Companhia Paranaense de Gás) e Copel (Companhia Paranaense de Energia). A primeira ficaria responsável pelo recebimento do gás metano e a segunda, pela energia elétrica.

Local – Os membros da joint venture, Cattalini Bioenergia (Brasil) e Entec Biogás (Áustria), apresentaram o projeto a lideranças iguaçuense.  “A visita foi um primeiro contato com a intenção de iniciar os estudos de viabilidade da usina em Foz do Iguaçu”, informou Vidoto.

Segundo Reni Pereira, prefeito eleito de Foz do Iguaçu, a iniciativa vem em boa hora. “É uma tecnologia que traz sustentabilidade e racionalidade. Será um ganho para a cidade. Vale destacar que este projeto já foi apresentado ao governo do estado e conta com a simpatia do governador”.

“Temos um potencial enorme para gerar energia a partir dos materiais orgânicos. Se o projeto conseguir aliar esta tecnologia ao trabalho dos agentes ambientais tem tudo pra dar certo. Como destino ecológico, Foz do Iguaçu tem que adotar práticas sustentáveis”, enfatizou Gilmar Piola, presidente do Fundo Iguaçu.

Conforme Luis Queiroga, vereador e presidente da comissão de turismo na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, a iniciativa é interessante para a cidade. “O projeto poderá trazer renda para a cidade, gerar empregos e colaborar na preservação ambiental de nossa região. Por isso, estou disposto a discutir e a ajudar no estudo de viabilidade do projeto”.

“A cidade precisa se espelhar em modelos de destinação de resíduos orgânicos no mundo. Ver como estas cidades tratam os resíduos, que tipo de tecnologia utilizam, como foi a implantação. Acredito que este é o caminho para a sustentabilidade ”, avaliou  Jorge Pegoraro, chefe do Parque Nacional do Iguaçu.

Mais informações
Sergio Vidoto
Diretor Comercial da Cattalini Bio Energia
(41) 9807-3456

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Fotos: Marcos Labanca