Educadores realizam mobilização contra o lançamento de faltas
Os trabalhadores (as) da educação promoveram mobilizações em todo o Paraná, nesta quarta-feira (1º), em protesto contra a decisão do Governo do Estado de anotar falta aos educadores que aderiram à paralisação no último dia 29 de abril. Em Foz do Iguaçu, uma comissão formada por representantes de dezenas de escolas e a direção da […]
Os trabalhadores (as) da educação promoveram mobilizações em todo o Paraná, nesta quarta-feira (1º), em protesto contra a decisão do Governo do Estado de anotar falta aos educadores que aderiram à paralisação no último dia 29 de abril. Em Foz do Iguaçu, uma comissão formada por representantes de dezenas de escolas e a direção da APP-Sindicato/Foz reuniu-se em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE), onde entregaram um documento à chefe do órgão, Ivone Müller.
Na carta, os servidores defendem que o registro da falta fere o direito de organização e constitui uma retaliação do governo aos educadores, que vêm recebendo tratamento diferenciado entre as diversas categorias do funcionalismo estadual. Com a medida, os trabalhadores da educação serão prejudicados com o desconto do dia de trabalho e também com as promoções e progressões que começam a ser mensuradas nos próximos meses.
Para os servidores, o governo impõe punição aos educadores e aos estudantes, já que a categoria discente tem o direito à reposição da aula e o sindicato vem buscando o diálogo para garantir a oferta de 200 dias e 800 horas de trabalho pedagógico. Diversas escolas já organizaram a forma de reposição, juntamente com a comunidade escolar, mas o governo desconsiderou a autonomia que as instituições possuem para deliberar sobre os assuntos educacionais.
Para o presidente da APP-Sindicato/Foz, Fabiano Severino, o registro de falta constitui uma demonstração de truculência do governo. “Entendemos que a violência do dia 29 de abril de 2015 se repete com a decisão do governo de consignar a falta aos educadores. É uma segunda violência”, defende. “Novamente o governo tenta punir os servidores e os estudantes, mostrando que não tem compromisso com a educação”, enfatiza Fabiano Severino.
29 de abril
Além de um ato de memória pelo massacre contra os servidores em de 2015, no Centro Cívico, a paralisação de 29 de abril reivindicou o pagamento da dívida de mais de R$ 180 milhões que o governo tem com os educadores, devido às progressões e promoções não implementadas. O movimento ainda pleiteava junto ao governo, a retomada das negociações em torno da pauta salarial da categoria.
A paralisação em 29 de abril de 2016 foi aprovada pela assembleia estadual da categoria. No dia 28 de abril, em audiência realizada na Casa Civil, entre representantes do sindicato e do governo, ficou deliberado que a reposição desta data seria definida em uma nova reunião, agendada para o dia 4 de maio. Na ocasião, seria debatida toda a pauta da educação, porém, a reunião agendada não ocorreu e o governo anunciou a falta.
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