Brasileiro e portugueses enfrentam os melhores fundistas do mundo na maratona olímpica

Quarenta dos principais nomes do circuito nacional participaram da 6ª Meia Maratona das Cataratas, disputada no Parque Nacional do Iguaçu. Além do título da prova, a maioria correu para baixar índices e somar pontos em rankings de atletismo. Já o brasileiro Paulo Roberto de Almeida Paula e os portugueses Jéssica Augusto e Rui Pedro da Silva disputaram a corrida também de olho na maratona dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Depois da Meia das Cataratas, Paulo Roberto planeja um período de treinos de baixa intensidade e de descanso, antes do embarque da delegação brasileira para a cidade dos Jogos. “É uma pressão grande levar o nome do Brasil na Olimpíada, mas sei que não quero chegar lá e ser mais um na corrida. Estou me preparando para dar o meu melhor”, avisou.

Paulo está confiante que pode baixar o tempo que o garantiu em Londres (2h10min23s), registrado na Maratona de Pádova, na Itália, em abril. “Eu e meu técnico [Marco Antônio Oliveira] estamos trabalhando para fazer uma boa corrida e baixar esse tempo que eu fiz em Pádova”, disse.

Garantido na mais nobre prova do atletismo, Paulo Roberto disputou a Meia de Foz do Iguaçu como um preparo para a competição mais importante da temporada. O atleta do Cruzeiro (MG) deixou a corrida por volta do quilômetro 12, quando sentiu perda de rendimento por causa do frio, que chegou à casa dos três graus.

Segundo o diretor-técnico do Cruzeiro, Alexandre Minardi, o atleta não quis correr riscos. “Tanto Paulo quanto o irmão [Luis Fernando de Almeida Paula] costumam sofrer com o frio. O Luis ainda foi até o final, mas o Paulo Roberto preferiu se preservar”, explicou Minardi. 

Portugueses prontos para a maratona olímpica

Em sua segunda participação nos Jogos, a dupla portuguesa Jéssica Augusto e Rui Pedro tem um objetivo claro na maratona olímpica: recolocar Portugal como referência nas provas de fundo. “Sempre tive o sonho de correr a maratona olímpica. É uma honra e uma grande responsabilidade poder competir com os melhores atletas do mundo e fazer parte da elite mundial”, admitiu Jéssica.

Embora a prova reúna os melhores fundistas do mundo, ela acredita que pode surpreender na luta por uma medalha. “Na maratona olímpica às vezes ganha quem menos se espera”, alertou. Na Meia Maratona das Cataratas, Jéssica terminou na terceira colocação, atrás das quenianas Paskalia Chepkorir Kipkoech e Flomena Cheyech Daniel, com o tempo de 1h14min28s.

Já Rui Pedro vai a Londres disposto a superar o 34º lugar alcançado em Pequim, em 2008. Na Meia das Cataratas, o atleta chegou na nona colocação, com o tempo de 1h4min40s. Se o resultado não foi o esperado, Rui diz que participar da prova valeu a pena. “Esta foi uma das melhores provas que disputei. Gostei muito da corrida e espero voltar. A partir de agora, meu foco é Londres”, afirmou. 

Conjunto de fatores derruba tempos da Meia das Cataratas

O alto nível dos concorrentes contribuiu para a queda nos tempos em relação aos anos anteriores. A alteração do percurso, que agora está com mais pontos planos, também contribuiu para baixar o tempo da prova. Os cinco primeiros colocados na categoria masculina concluíram a corrida abaixo de uma hora e três minutos.

O vencedor da categoria, o queniano Ben Kiplimo Mutai – com o tempo de 1h2min2s – baixou em 59 segundos o recorde de Franck Caldeira, registrado em 2011, ainda no percurso antigo. Segundo colocado, o brasileiro Giovani dos Santos terminou a prova em 1h2min12s e cravou o segundo melhor tempo do ano em meias-maratonas realizadas no Brasil.

No feminino, a redução foi ainda maior. A queniana Paskalia Chepkorir Kipkoech cravou 1h8min20s, e sua compatriota Flomena Cheyech Daniel terminou na segunda posição com 1h10min1s. Ambas baixaram, respectivamente, em cinco minutos e 11 segundos e três minutos e 30 segundos o recorde da também queniana Dorcas Kiptarus (1h13min31s), computado em 2011. 

 

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